
Relação entre o consumo alimentar e atividade física com índice de massa corporal em funcionários universitários
1998; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS; Volume: 11; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s1415-52731998000200009
ISSN1678-9865
AutoresRosely Sichieri, Rosângela Alves Pereira, Vânia Maria Ramos de Marins, Rita de Cássia Perrelli, Maria Auxiliadora Santa Cruz Coelho, María del Carmen Bisi Molina,
Tópico(s)Healthcare Regulation
ResumoNas últimas duas décadas observou-se um importante aumento da prevalência de obesidade no Brasil, contudo não existem dados populacionais atualizados sobre ingestão de alimentos e atividades físicas, que seriam em última instância os fatores que poderiam explicar este aumento de obesidade. Estudou-se a associação entre o consumo de calorias e gordura e a prática de atividades físicas com o índice de massa corporal, em um estudo transversal com 91 funcionários universitários. O consumo alimentar foi avaliado por um questionário semi-quantitativo de freqüência de consumo de alimentos e por quatro recordatórios de 24 horas. Peso e altura foram medidos e calculou-se o índice de massa corporal por meio da relação peso/altura em kg/m². As atividades físicas desenvolvidas no trabalho, no lazer e no deslocamento para o trabalho e/ou escola no mês que antecedeu a pesquisa foram investigadas através de questionário. Estimou-se o gasto energético associado às atividades físicas, através de equações propostas pela Organização Mundial da Saúde. Em análise linear multivariada associaram-se positivamente ao índice de massa corporal a idade (p=0,02), pertencer ao grupo de funcionários de nível médio e de apoio, comparados aos professores (p=0,004) e ser do sexo feminino (p=0,04). Ainda, nesta análise, um aumento de 500 calorias no gasto energético estimado equivaleu a uma redução de aproximadamente 2kg no peso de um indivíduo com 1,60m (p=0,008). Para os dois métodos usados para avaliação de consumo, a ingestão de calorias e de gordura associaram-se, significativamente, com o índice de massa corporal (p< 0,05), porém esta associação foi modificada pelo sexo, sendo negativa para as mulheres e fracamente positiva para os homens. Este estudo mostrou que o sexo feminino, nível socioeconômico e o gasto energético são preditivos de obesidade e sugere que mulheres obesas subestimam seu consumo alimentar.
Referência(s)