Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Histoplasmose em pacientes imunodeprimidos: estudo de 18 casos observados em Uberlândia, MG

1997; Brazilian Society of Tropical Medicine; Volume: 30; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0037-86821997000200006

ISSN

1678-9849

Autores

Aércio Sebastião Borges, Marcelo Simão Ferreira, Marco Túlio A. Silvestre, Sérgio de Andrade Nishioka, Ademir Rocha,

Tópico(s)

Antifungal resistance and susceptibility

Resumo

Os autores descrevem dezoito casos de histoplasmose observados em pacientes imunodeprimidos, sendo 17 com SIDA e um associado à cirrose hepática alcoólica. O diagnóstico da histoplasmose foi obtido através do isolamento do fungo em cultura de LCR, sangue e medula óssea ou por exame histopatológico obtido por biópsia ou necropsia. A idade média dos pacientes foi de 35,8 anos, sendo 13 (72,2%) do sexo masculino. Em geral, a doença mostrou-se disseminada com acometimento por ordem de freqüência de: pele (38,8%), medula óssea (27,7%), mucosa nasofaringeana (22,2%), pulmão (22,2%), cólon (11,1%), SNC (5,5%) e esôfago (5,5%). Adenomegalia (50%),hepatomegalia (77,7%) e esplenomegalia (61,1%) também foram observados com muita frequência. Hematologicamente observou-se mais comumente pancitopenia (33,3%). Onze dos 18 pacientes receberam tratamento, sendo 9 com anfotericina B e 2 com itraconazol; 8 obtiveram boa resposta clínica e todos receberam terapia de manutenção com anfotericina B ou derivado triazólico. Este trabalho enfatiza a importância desta micose em pacientes imunodeprimidos, particularmente em pacientes com SIDA onde a infecção tende a acometer o sistema macrofágico-linfóide e o tegumento cutâneo.

Referência(s)