Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Concordância entre os estadiamentos clínico e patológico em pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células, estádios I e II, submetidos a tratamento cirúrgico

2007; Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Volume: 33; Issue: 6 Linguagem: Português

10.1590/s1806-37132007000600007

ISSN

1806-3756

Autores

Pedro Reck dos Santos, Rodrigo Sponchiado da Rocha, M. Pipkin, Marner Lopes da Silveira, Marcelo Cypel, J. Rios, José Antônio Lopes de Figueiredo Pinto,

Tópico(s)

Pancreatic and Hepatic Oncology Research

Resumo

OBJETIVO: Comparar os estadiamentos clínico e patológico em pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células submetidos a tratamento cirúrgico e identificar as causas das discordâncias. MÉTODOS: Foram analisados, de forma retrospectiva, os dados de pacientes tratados no Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e foram calculados a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia para os estádios clínicos IA, IB e IIB. O índice kappa foi utilizado para determinar a concordância entre os estadiamentos clínico e patológico. RESULTADOS: Dentre os 92 pacientes estudados, 33,7% foram classificados como estádio clínico IA, 50% como IB e 16,3% como IIB. A concordância entre os estadiamentos clínico e patológico foi de 67,5% para IA, 54,3% para IB e 66,6% para IIB. O estadiamento clínico teve maior acurácia no estádio IA, e um kappa de 0,74 neste caso confirma uma substancial associação com o estadiamento patológico. A dificuldade em avaliar doença metastática linfonodal é responsável pela baixa concordância em pacientes com estádio clínico IB. CONCLUSÕES: A concordância entre os estadiamentos clínico e patológico é baixa, e, freqüentemente, os pacientes são subestadiados (no presente estudo, somente um caso foi superestadiado). São necessárias estratégias para melhorar o estadiamento clínico e, conseqüentemente, o tratamento e o prognóstico dos pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células.

Referência(s)