Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Apendicite aguda: existe relação entre o grau evolutivo, idade e o tempo de internação?

2005; Brazilian College of Surgeons; Volume: 32; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0100-69912005000300007

ISSN

1809-4546

Autores

Carlos Augusto Fischer, Mauro de Souza Leite Pinho, Sérgio Ferreira, Celso Augusto Cardoso Milani, Charles Ronald van Santen, Richard Andrei Marquardt,

Tópico(s)

Diverticular Disease and Complications

Resumo

OBJETIVO: Identificar uma possível relação entre o grau evolutivo da apendicite aguda, a idade cronológica e a duração do período de internação. MÉTODO: Análise retrospectiva de 272 pacientes submetidos à apendicectomia quanto ao grau evolutivo da apendicite e seu respectivo período de internação. A evolução do processo inflamatório foi classificada pelo exame histopatológico em quatro graus: catarral, flegmonosa, supurativa e gangrenosa. RESULTADOS: A distribuição quanto ao sexo mostrou maior incidência em homens, com 193 casos (70%) e a média de idade foi de 29 anos. O período médio de internação foi de 4,3 dias. A incidência dos diferentes graus evolutivos foi de 88 casos (32,3%) para o tipo catarral, 79 (29%) flegmonosa, 70 (25,7%) supurativa e 35 (12,8%) gangrenosa. A análise da média de idade e tempo de internação relacionados ao grau evolutivo da apendicite aguda, respectivamente, foi de 27,9 anos e 3,7 dias (catarral), 28,4 anos e 3,9 dias (flegmonosa), 30,1 anos e cinco dias (supurativa) e 35 anos e 5,2 dias (gangrenosa). Ao agruparmos os graus obtivemos as médias de 28,1 anos e 3,8 dias para os tipos catarral/flegmonosa e 30,7 anos e cinco dias para supurativa/gangrenosa. Foi observada uma correlação significativa entre o grau de evolução da apendicite e o tempo de internação (p=0.01) e entre a idade e o grau evolutivo (p=0.01). CONCLUSÕES: Pacientes portadores de graus evolutivos mais avançados de apendicite aguda situam-se em faixa etária mais elevadas e tem tempo de internação mais prolongado.

Referência(s)