Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A Saga das Ciências Sociais na área da Saúde Coletiva: elementos para reflexão

2008; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 18; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0103-73312008000200004

ISSN

1809-4481

Autores

María Andréa Loyola,

Tópico(s)

Global Maternal and Child Health

Resumo

O aporte das ciências sociais, a partir dos anos 1970, através de suas teorias e metodologias já consolidadas, foi indispensável para o desenvolvimento e consolidação da área que, no campo da saúde, se tornou conhecida como Saúde Coletiva. Em contraste com sua participação, as ciências sociais sempre ocuparam um lugar subalterno neste campo, dominado, em seus primórdios, isto é, durante as décadas de 1970 e 1980, pelo planejamento em saúde e, a partir da década de 1990, pela epidemiologia. O domínio da epidemiologia acontece justamente quando, reconhecida pela Capes como uma área autônoma, esperava-se maior equilíbrio entre as diferentes disciplinas que compõem a área da Saúde Coletiva. Este estudo levanta questões sobre a situação das ciências sociais na área, em relação com a execução da política de fomento das agências nacionais - Capes e CNPq. A imposição de uma lógica custo-benefício de caráter predominantemente economicista e quantitativista, aplicada pelas agências na concessão de recursos, interfere tanto na produção quanto na circulação do conhecimento, com prejuízos para as ciências sociais. Contornar essa situação constitui um dos desafios que se colocam hoje para as ciências sociais e, em particular, para a área da Saúde Coletiva.

Referência(s)