
Incremento na densidade de plantas: uma alternativa para aumentar o rendimento de grãos de milho em regiões de curta estação estival de crescimento
2000; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 30; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0103-84782000000100004
ISSN1678-4596
AutoresMilton Luiz de Almeida, Aldo Merotto, Luís Sangoi, Márcio Ender, Altamir Frederico Guidolin,
Tópico(s)Growth and nutrition in plants
ResumoO surgimento de novos cultivares de milho, de ciclo mais curto, estatura reduzida, menor número de folhas e folhas mais eretas aumentou o potencial de resposta da cultura à densidade de plantas. Essa tendência pode ser acentuada nos planaltos do Sul do Brasil, que apresentam temperatura média nos meses mais quentes inferiores a 22°C, o que resulta em menor estação estival de crescimento. Quatro experimentos foram conduzidos objetivando avaliar a viabilidade de se trabalhar com densidade de plantas maiores do que as atualmente recomendadas para esta região, como uma forma de aumentar o rendimento de grãos. Nestes experimentos, submeteram-se os híbridos Cargill 901 e XL 370 a uma população que variou de 37.000 a 100.000pl ha-1, sob diferentes situações de manejo. Em três dos quatro experimentos realizados, o uso de densidade de plantas superior a 60.000plha-1 maximizou o rendimento de grãos. A maior competição intraespecífica verificada nas densidades mais elevadas não reduziu drasticamente o número de espigas por planta, o que contribuiu para a melhor adaptação da cultura a densidades elevadas. Dessa forma, para locais com estação estival de crescimento mais curta, o uso de cultivares precoces, de menor porte, pode ser acompanhado pelo incremento na densidade para valores compreendidos entre 65.000 e 80.000pl ha-1. Isso é possível desde que se tenha bom nível de fertilidade no solo, boa disponibilidade hídrica e cultivares resistentes ao acamamento.
Referência(s)