
Interação clínica entre moléstia de Chagas e hipertensão arterial primária em um serviço de referência ambulatorial
1998; Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Volume: 70; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s0066-782x1998000600009
ISSN1678-4170
AutoresMaria Elena Guariento, José Eduardo Bagnara Orosz, José Antônio Rocha Gontijo,
Tópico(s)Global Public Health Policies and Epidemiology
ResumoOBJETIVO: Caracterizar a associação entre doença de Chagas e hipertensão arterial primária. MÉTODOS: Estudaram-se os chagásicos crônicos acompanhados pelo Grupo de Estudos em Doença de Chagas (Unicamp), no período de 15 anos, considerando-se: hipertensão arterial, forma clínica da doença, sexo, idade e raça. Confrontaram-se dados dos chagásicos hipertensos com os dos não hipertensos. RESULTADOS: Constatou-se que entre 878 chagásicos, 37% eram também hipertensos, dos quais 65% tinham cardiopatia, contra 49% do grupo normotenso; 31% dos chagásicos hipertensos apresentavam descompensação hemodinâmica, contra 24% dos não hipertensos. Entre os chagásicos hipertensos 41% eram negróides e 35% caucasóides; 50% dos chagásicos hipertensos tinham mais de 45 anos contra 29% dos não hipertensos. CONCLUSÃO: A associação entre moléstia de Chagas e hipertensão arterial primária cursou com um freqüente e mais grave comprometimento cardíaco, sendo esta mais prevalente nas faixas etárias mais elevadas.
Referência(s)