
Poder preditivo do MoCa na avaliação neuropsicológica de pacientes com diagnóstico de demência
2014; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 17; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/1809-9823.2014.13123
ISSN1981-2256
AutoresJuliana Francisca Cecato, José María Montiel‐Company, Daniel Bartholomeu, José Eduardo Martinelli,
Tópico(s)Dementia and Cognitive Impairment Research
ResumoO estudo teve como objetivo correlacionar testes neuropsicométricos em idosos com mais de quatro anos de escolaridade e avaliar a acurácia do MoCA no diagnóstico da doença de Alzheimer (DA) e comprometimento cognitivo leve (CCL). Foram avaliados 136 idosos atendidos no Instituto de Geriatria e Gerontologia, no período de abril de 2010 a dezembro de 2012. Os instrumentos utilizados foram o Miniexame do Estado Mental (MEEM), Cambridge Cognitive Examination (CAMCOG), teste do Desenho do Relógio (TDR), teste de Fluência Verbal, Escala de Depressão Geriátrica e Questionário de Atividades Funcionais de Pfeffer (QAFP), além do teste Montreal Cognitive Assessment (MoCA). Foi utilizada a análise de curva ROC para se estabelecer pontos de corte, e o coeficiente de correlação de Pearson, a fim de comparar o MoCA com os outros testes. Os resultados mostraram que o teste MoCA foi o melhor para diferenciar doença de Alzheimer dos casos de CCL. A sensibilidade e a especificidade encontradas foram, respectivamente, 82,2% e 92,3%. A análise do teste de correlação evidenciou que o MoCA se correlacionou fortemente com outros testes já validados e de ampla aplicação no Brasil. Pode-se concluir que o MoCA mostrou ser o teste com maior valor preditivo para diferenciar DA de CCL e também diferenciar CCL dos controles normais. Além disso, o MoCA se correlacionou de maneira significativa com a variável idade e os testes MEEM, CAMCOG, TDR, de Fluência Verbal e QAFP, instrumentos já validados e amplamente utilizados no Brasil.
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