Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Morfoanatomia e ontogênese do fruto e semente de Vernonia platensis (Spreng.) Less. (Asteraceae)

2010; Sociedade Botânica do Brasil; Volume: 24; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0102-33062010000100008

ISSN

1677-941X

Autores

Natália Arias Galastri, Denise María Trombert Oliveira,

Tópico(s)

Plant Toxicity and Pharmacological Properties

Resumo

Asteraceae possui cerca de 23.000 espécies e Vernonieae tem sua maior representatividade no Brasil, sendo Vernonia o maior gênero da tribo. Devido à ampla ocorrência nos Cerrados, V. platensis foi selecionada para a realização deste trabalho, que objetiva descrever a morfoanatomia e o desenvolvimento do pericarpo e da semente desta espécie, comparando os resultados com a literatura. O material coletado foi processado segundo técnicas usuais. O ovário é ínfero, bicarpelar, sincárpico, unilocular, com um óvulo anátropo, unitegumentado, tenuinucelado, formado em placentação basal. A parede ovariana é homogênea, com células mais densas perifericamente. O tegumento possui três regiões, destacando-se evidente endotélio. Na maturidade, a maioria das camadas colapsa, mantendo-se as fibras mesocárpicas externas; o pápus duplo persiste formado por células lignificadas. A semente madura apresenta testa restrita a uma faixa de células colapsadas; o endosperma é celular, persistindo residualmente na maturidade, e o embrião exibe eixo hipocótilo-radícula axial, espesso e curto. Em apenas 40% das cipselas maduras analisadas, há sementes completamente desenvolvidas. As observações deste trabalho corroboram pesquisas anteriores com Asteraceae, mas destaca-se o papel nutritivo do tegumento no desenvolvimento seminal e a baixa produção de sementes em V. platensis.

Referência(s)