
Autopercepção da saúde bucal e impacto na qualidade de vida do idoso: uma abordagem quanti-qualitativa
2011; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 16; Issue: 7 Linguagem: Português
10.1590/s1413-81232011000800031
ISSN1678-4561
AutoresDesirée Sant’Ana Haikal, Alfredo Maurício Batista de Paula, Andreá Maria Eleutério de Barros Lima Martins, Allyson Nogueira Moreira, Efigênia Ferreira e Ferreira,
Tópico(s)Health Education and Validation
ResumoEste estudo, de abordagem quanti-qualitativa, objetivou aprofundar o entendimento das relações entre autopercepção, impacto na qualidade de vida e condições bucais de idosos. Exame clínico e entrevista gravada contendo questões objetivas e discursivas foram realizados com 45 idosos. Conduziu-se análise descritiva quantitativa das questões objetivas e referentes ao exame clínico e à análise de conteúdo das questões discursivas de abordagem qualitativa. Imagens fotográficas do estado bucal foram relacionadas a trechos das entrevistas. A análise quantitativa evidenciou: 4,8 dentes em média; CPOD (número de dentes cariados, perdidos e obturados) médio de 29,9; 57,7% eram desdentados, 60% acreditavam não necessitar tratamento, 75% sofriam impacto na qualidade de vida devido às condições bucais, apesar de 67% perceberem positivamente sua saúde bucal. Na análise qualitativa constatou-se subestimação de sintomas, falta de esperança e resignação frente às limitações impostas pelo precário estado clínico. Muitos encararam as limitações como conseqüência do envelhecimento e não como problema que mereça ser corrigido. O que mais incomodou foram as relações de dependência e a proximidade com a morte, minimizando outros problemas. A população idosa foi informada de que poderia modificar sua autopercepção, conscientizando-a que esta realidade pode ser modificada.
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