Artigo Acesso aberto

Treino dos internos de Urologia em laparoscopia - Comparação entre Portugal e o resto da Europa

2014; CIG Media Group; Volume: 31; Issue: 1-2 Linguagem: Português

10.1016/s2341-4022(14)50003-1

ISSN

2387-0419

Autores

F. Furriel, Arnaldo Figueiredo, P. Nunes, L. Marconi, Paulo Dinis, G. Gomes, V. Dias, A. Mota,

Tópico(s)

Cardiac, Anesthesia and Surgical Outcomes

Resumo

Objectivos: Avaliar a exposição dos internos de Urologia portugueses (IP) à laparoscopia urológica e aos seus métodos de treino, em comparação com os internos dos restantes países europeus (IE). Material e métodos: Elaborámos um inquérito de 23 questões relativas ao treino em laparoscopia, publicado online e distribuído no 27° Congresso da European Association of Urology, 2012. Realizámos análise estatística descritiva, e com testes t de Student, Mann-Whitney e χ2. Resultados: Obtivemos 219 respostas válidas, dos quais 53 (24,2%) de IP. A laparoscopia convencional está disponível de forma equivalente para ambos os grupos (78,8% dos IP vs 72,0% dos IE, p = NS), tendo os IP mais acesso à laparoscopia de porta única (22,6% vs 8,4%, p < 0,05), mas menos exposição à laparoscopia assistida por robot (0% vs 21,9%, p < 0,01) nos serviços de formação. Realizavam laparoscopia convencional como primeiro cirurgião 32,7% dos IP vs 24,8% dos IE (p = NS). A intervenção mais frequente em ambos os grupos é a nefrectomia total (38,4% dos IP e 28,8% dos IE, p = NS). A maioria, em ambos os grupos, classificava a sua experiência laparoscópica no momento do inquérito como “Fraca” ou inferior (81,9% dos IP e 75,5% dos IE, p = NS). Contudo, até ao final do internato, os IP esperavam evoluir mais (p = 0,01). Nunca realizaram curso ou estágio em laparoscopia 35,7% dos IP e 41,7% dos IE (p = NS), mas os IP registam maior frequência de cursos de laparoscopia nacionais. O “Pelvitrainer” é o método de treino em laboratório mais frequente (30,2% dos IP e 33,3% dos IE, p = NS), mas 41,9% dos IP e 42,4% dos IE (p = NS) não têm acesso a qualquer dispositivo de treino laparoscópico. A maioria (84,1% dos IP e 74,4% dos IE, p = NS) têm motivação “Elevada” ou “Muito Elevada” para realizar laparoscopia no futuro, e pretendem fazer uma fellowship pós-internato nesta área. Conclusões: Os IP têm um nível de acesso à laparoscopia convencional semelhante aos IE, participando activamente nesta técnica. Uma parte significativa tem experiência como cirurgião. Apesar da relativa escassez de dispositivos de treino, comum a ambos os grupos, os IP participam em mais cursos nacionais de laparoscopia, e têm melhores perspectivas de evolução nesta área durante o internato. © 2014 Associação Portuguesa de Urologia. Publicado por Elsevier España, S.L.U. Todos os direitos reservados. Objectives: To evaluate the exposure of Portuguese Urology residents (IP) to urological laparoscopy and to its training methods, comparing with the remaining Urology residents in Europe (IE). Materials and methods: A survey consisting of 23 questions concerning laparoscopic training, which was published online as well as distributed on paper, during the Annual European. Association of Urology Congress in 2012. Data was analysed with descriptive statistics, student t, Mann-Whitney and χ2 tests. Results: We obtained 219 valid responses, 53 (24.2%) of which from IP. Conventional laparoscopy is equally available for both groups (78.8% of IP vs 72.0% of IE, p = NS). IP have greater access to single port laparoscopy (22.6% vs 8.4%, p < 0.05), but lesser exposure to robot-assisted laparoscopy (0% vs 21.9%, p < 0.01) in their training departments. Performance of conventional laparoscopy as first surgeons was reported by 32.7% of IP and 24.8% of IE (p = NS). The most commonly performed procedure was total nephrectomy (38.4% of IP and 28.8% of IE, p = NS). The majority in both groups considered their laparoscopic experience at the moment of the survey to be “Poor” or worse (81.9% of IP e 75.5% of IE, p = NS). However, IP had greater expectations than IE of improvement during residency (p = 0.01). No previous attendance to laparoscopic courses or fellowships was seen in 35.7% of IP and 41.7% of IE (p = NS). However, IP attended more national courses than IE. “Pelvitrainer” is the most commonly available laboratory training method, (30.2% of IP and 33.3% of IE, p = NS), but 41.9% of IP and 42.4% IE do not have access to any laparoscopic training device. Most residents (84.1% of IP and 74.4% of IE, p = NS) rate their motivation to perform laparoscopy in the future as “High” or “Very High”, and plan performing a post-residency fellowship in this field. Conclusions: The access to conventional laparoscopy is similar between IP and IE, and both take an active part in this technique. A significant proportion has some experience as laparoscopic surgeons. Despite the relative scarcity of training devices in both groups, IP attend more national courses in laparoscopy, and experience a better sense of evolution during residency than IE. © 2014 Associação Portuguesa de Urologia. Published by Elsevier España, S.L.U. All rights reserved.

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