
A tripartição pronominal e o estatuto das proformas cê, ocê e você
2008; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO; Volume: 24; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0102-44502008000200005
ISSN1678-460X
Autores Tópico(s)Spanish Linguistics and Language Studies
ResumoEste artigo mostra que os argumentos apresentados em Ramos (1997) e Vitral (1996) ao defenderem a proposta de classificação da proforma cê como um clítico não conseguem dar conta do comportamento particular desta proforma no sistema pronominal do português brasileiro. Para resolver o problema, realizo uma reanálise destes argumentos em função da teoria da tripartição pronominal de Cardinaletti e Starke (1999). De acordo com esta perspectiva, as evidências apresentadas pelos autores a favor da cliticização de cê mostram apenas que cê não é um pronome forte. Ao ser identificado como um pronome fraco, pode-se então explicar o contraste entre esta proforma e ocê e você, proformas que possuem uma variedade forte e outra fraca.
Referência(s)