Artigo Acesso aberto

Cirurgia de revascularização completa do miocárdio sem circulação extracorpórea: uma realidade

1997; Brazilian Society of Cardiovascular Surgery; Volume: 12; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0102-76381997000200003

ISSN

1678-9741

Autores

José Glauco Lobo Filho, M. Christian B. R. DANTAS, J. Gumercindo V. ROLIM, João Rocha, Francisco M. de Oliveira, Ciro Ciarline, José Acácio Feitosa, Ana Virgínia ROLIM, Maria Cláudia A Leitão, Glauco KLEMING, Fernando Ruíz Santiago, Geraldo Gastal Gomes Silveira, Marcus V. L. LOPES, Ricardo de Carvalho Lima, Mozart Escobar,

Tópico(s)

Congenital Heart Disease Studies

Resumo

No período de janeiro de 1995 a dezembro de 1996, nossa equipe cirúrgica procurou sintematizar a cirurgia de revascularização completa do miocárdio sem circulação extracorpórea. Foram realizadas 385 operações de revascularização do miocárdio, das quais 333 (86%) sem o uso de circulação extracorpórea. O objetivo do presente estudo é analisar os resultados imediatos destes 333 pacientes, no que concerne ao tempo de permanência hospitalar, idade, sexo, número de enxertos e morbimortalidade. Todos os pacientes foram submetidos a cineangiocoronariografia prévia. Realizaram-se pontes para todas as coronárias, inclusive para as marginais da circunflexa. A idade variou de 35 a 86 anos, com média de 61 anos. O sexo masculino foi predominante com 214 (64%) pacientes. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 7 dias. O número total de pontes implantadas foi 625, variando de 1 a 4, com média de 1,9 pontes por paciente. Houve 7 casos de complicações sem óbitos, perfazendo um total de 2% de morbidade. Registraram-se 10 óbitos no pós-operatório imediato, equivalentes a 3% de mortalidade. Em face dos dados obtidos, concluímos que este método pode ser utilizado para a grande maioria dos pacientes a serem submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio, com baixa morbimortalidade.

Referência(s)