Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Anemia ferropriva em escolares de Campinas, São Paulo: prevalência, sensibilidade e especificidade de testes laboratoriais

2001; Instituto Materno Infantil de Pernambuco; Volume: 1; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s1519-38292001000200005

ISSN

1806-9304

Autores

Erly Catarina de Moura, Ana Magaly Santos, Cláudio Evair Pacheco,

Tópico(s)

Iron Metabolism and Disorders

Resumo

OBJETIVOS: determinar a prevalência de anemia ferropriva em escolares e identificar a sensibilidade e a especificidade dos testes laboratoriais, especificamente hemoglobina e hematócrito, no diagnóstico desta deficiência, considerando a ferritina sérica como padrão. MÉTODOS: o estudo abrangeu 365 alunos no município de Campinas, São Paulo, entre 7 e 14 anos de idade. Foram considerados anêmicos os escolares com valores de hemoglobina abaixo de 11,5 g/dl na faixa etária de 5 £ 8 anos, 11,9g/dl na faixa etária de 8 £ 12 anos; e 12,5g/dl na faixa etária de 12 £ 15 anos para o sexo masculino e 11,8g/dl para o feminino. Quanto ao hematócrito, os cortes foram em 34,5%, 35,4%, 37,3% e 35,7%, respectivamente para as mesmas faixas etárias e sexo. Para a ferritina sérica,15mg/dl. RESULTADOS: encontrou-se anemia em 12,4%, 7,5% e 19,3% dos escolares, respectivamente para os valores de hemoglobina, hematócrito e ferritina. A prevalência de anemia ferropriva foi igual a 19,3%, conforme o padrão ferritina. O teste da hemoglobina apresentou sensibilidade de 12,9% e especificidade de 87,7% no diagnóstico da anemia ferropriva, enquanto que o do hematócrito apresentou sensibilidade de 8,6% e especificidade de 92,8%. CONCLUSÕES: estes valores apontam para o problema do diagnóstico da anemia ferropriva, muitas vezes baseado apenas nos indicadores laboratoriais de baixo custo. É necessário readequar os procedimentos diagnósticos em uso, principalmente na rede básica de saúde.

Referência(s)