
Exposição ao mercúrio e ao arsênio em Estados da Amazônia: síntese dos estudos do Instituto Evandro Chagas/FUNASA
2003; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 6; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s1415-790x2003000200010
ISSN1980-5497
AutoresElisabeth Conceição de Oliveira Santos, Iracina Maura de Jesus, Edílson da Silva Brabo, Kleber Freitas Fayal, Gregório Carrera Sá Filho, Marcelo de Oliveira Lima, Antônio Marcos Mota Miranda, Artur S. Mascarenhas, Lena Líllian Canto de Sá, Alexandre Pessoa da Silva, Volney de Magalhães Câmara,
Tópico(s)Environmental Justice and Health Disparities
ResumoEste artigo é uma revisão das pesquisas da Seção de Meio Ambiente do Instituto Evandro Chagas/FUNASA sobre exposição ao mercúrio (Hg) no vale do rio Tapajós e Estado do Acre, e exposição ao arsênio (As) através de resíduos da exploração de manganês (Mn) realizada pela ICOMI deixados no Porto de Santana-AP. Em relação ao mercúrio, têm sido pesquisadas populações sob risco através da via respiratória ou alimentar. No primeiro caso, os trabalhadores de casas de compra e venda de ouro têm apresentado teores mais elevados de Hg em urina do que os garimpeiros estudados. No segundo caso, as populações ribeirinhas têm mostrado níveis diferenciados de exposição (Hg em cabelo). Comunidades ribeirinhas situadas em áreas não afetadas pelo mercúrio da garimpagem e com hábitos alimentares semelhantes às de área de risco têm sido avaliadas, visando a construção de parâmetros de normalidade regional. São também pesquisados os teores de Hg em materiais ambientais e na biota aquática. Os estudos de saúde humana e ambiente na cidade de Santana-AP objetivaram avaliar as fontes e possíveis vias de exposição da população da comunidade do Elesbão ao arsênio. Verificou-se a existência de fonte de risco através dos rejeitos de Mn, porém os níveis de As na água consumida pela população mostraram-se dentro dos parâmetros de normalidade. As médias encontradas em sangue e cabelo coincidem com médias de normalidade referidas na literatura, em populações não expostas, e as associações entre variáveis epidemiológicas, avaliação clínico-laboratorial e os teores de arsênio não mostraram significância estatística.
Referência(s)