Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Mortes perinatais e avaliação da assistência ao parto em maternidades do Sistema Único de Saúde em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 1999

2006; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 22; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0102-311x2006000100013

ISSN

1678-4464

Autores

Sônia Lansky, Elisabeth Barboza França, Cibele Comini César, Luiz Costa Monteiro Neto, María do Carmo Leal,

Tópico(s)

Injury Epidemiology and Prevention

Resumo

Este trabalho analisa a associação entre a morte perinatal e o processo de assistência hospitalar ao parto, considerando-se que grande parte das mortes perinatais pode ser prevenível pela atenção qualificada de saúde e que a avaliação da qualidade da assistência perinatal ao parto é necessária para a redução da morbi-mortalidade perinatal. Realizou-se estudo caso-controle de base populacional dos óbitos perinatais (n = 118) e nascimentos (n = 492), ocorridos em maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS) de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Sexo masculino, prematuridade, doenças na gravidez, baixo peso ao nascer, doenças do recém-nascido, não realização de pré-natal, não utilização de partograma e menos de uma avaliação fetal por hora durante o trabalho de parto apresentaram associação estatisticamente significativa com o óbito perinatal. No modelo de regressão logística múltipla, não utilização do partograma durante o trabalho de parto e tipo de maternidade apresentaram-se como fatores de risco independentes para a morte perinatal. O estudo indica que é deficiente a qualidade da assistência hospitalar ao parto e que aspectos da estrutura dos serviços e do processo de assistência relacionam-se com a mortalidade perinatal por causas evitáveis.

Referência(s)