Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Assimetria de tonsilas palatinas: experiência de 10 anos do serviço de otorrinolaringologia do hospital de clínicas da Universidade Federal do Paraná

2011; Georg Thieme Verlag; Volume: 15; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s1809-48722011000100010

ISSN

1809-4872

Autores

Annelyse Cristine Ballin, Heloisa Nardi Koerner, Carlos Henrique Ballin, Rodrigo Martins Pereira, Lauro João Lobo Alcântara, Guilherme Ribas Taques, Marcos Mocellin,

Tópico(s)

Salivary Gland Tumors Diagnosis and Treatment

Resumo

INTRODUÇÃO: Poucos pacientes com amígdalas palatinas assimétricas apresentam linfoma, entretanto a maioria dos linfomas em amígdalas palatinas cursam com assimetria amigdaliana. OBJETIVO: Relatar o perfil dos pacientes e das alterações histopatológicas em pacientes submetidos a adenoamigdalectomia/amigdalectomia com amígdalas palatinas desproporcionais. MÉTODO: Estudo retrospectivo, baseado na análise de dados do Banco de Dados do Serviço de Anatomia Patológica e na revisão dos prontuários de pacientes submetidos a adenoamigdalectomias e amigdalectomias com assimetria de amígdalas palatinas durante o período de outubro de 1999 a outubro de 2009 no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). RESULTADOS: Foram incluídos 50 pacientes, com idade entre 3 a 53 anos, idade média de 14,05 anos. O exame anatomopatológico evidenciou 48 pacientes (96%) com hiperplasia linfoide e 2 casos de linfoma (4%). Estes eram homens de 40 e 53 anos com queixa de aumento unilateral da amígdala, um deles apresentava outros sintomas (astenia e emagrecimento). Ao exame físico: desproporção amigdaliana, sem envolvimento de outros órgãos ou linfonodos. CONCLUSÕES: Nosso estudo concorda com a literatura quanto aos linfomas serem mais comuns em homens, o paciente ser o primeiro a notificar o aumento de volume e a assimetria ser maior que 2 graus entre as amígdalas palatinas em casos de linfoma. Embora raro, mesmo na presença de disparidades, há chances da assimetria cursar com um quadro maligno. A necessidade de avaliação anatomopatológica de uma peça deve ser considerada juntamente a outros dados clínicos que sugiram um quadro maligno em vigência.

Referência(s)