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Dilatação endoscópica de anastomose gastrojejunal após bypass gástrico

2012; Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva; Volume: 25; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/s0102-67202012000400014

ISSN

2317-6326

Autores

Josemberg Marins Campos, Fernando Salvo Torres de Mello, Álvaro Antônio Bandeira Ferraz, Júlia Nóbrega de Brito, Paulo Afonso Nunes Nassif, Manoel Galvão Neto,

Tópico(s)

Gastric Cancer Management and Outcomes

Resumo

INTRODUÇÃO: Bypass gástrico em Y-de-Roux pode resultar em estenose de anastomose gastrojejunal. Não há protocolo de tratamento bem definido para essa complicação. OBJETIVO: Analisar os resultados da dilatação endoscópica em pacientes com estenose, através de revisão sistemática, incluindo complicações e taxa de sucesso. MÉTODOS: Foi realizada busca dos estudos relevantes publicados de 1988 a 2010 na base de dados do PubMed, sendo identificados 23 estudos para análise. Apenas os que descreviam o tratamento de estenose de anastomose após bypass gástrico em Y-de-Roux foram incluídos e relatos de caso que apresentavam menos de três pacientes foram excluídos. RESULTADOS: A idade média da população foi de 42,3 anos e o índice de massa corpórea pré-operatório médio foi de 48,8 kg/m². No total, 760 pacientes (81% feminino) foram submetidos a 1298 procedimentos, sendo realizadas 1,7 dilatações por paciente. Balões Through-the-scope foram utilizados em 16 estudos (69,5%) e dilatador de Savary-Gilliard em quatro. Apenas 2% dos pacientes necessitaram revisão cirúrgica após a dilatação; a taxa de complicações reportada foi de 2,5% (n=19). A taxa de sucesso anual foi maior que 98% nos anos 1992 a 2010, exceto por uma de 73% em 2004. Sete estudos relataram complicações, sendo perfuração a mais comum, relatada em 14 pacientes (1,82%), necessitando operação imediata em dois pacientes. Outras complicações foram também relatadas: um hematoma esofágico, uma lesão de Mallory-Weiss, um caso grave de náusea e vômito, e dois casos de dor abdominal importante. CONCLUSÃO: Tratamento endoscópico de estenose é seguro e eficaz; entretanto, mais estudos controlados randomizados devem ser realizados a fim de confirmar esses achados.

Referência(s)