A Crónica do Imperador Clarimundo: estratégias discursivas e distorsões exegéticas
2004; De Gruyter; Volume: 59; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1515/iber.2004.1.42
ISSN1865-9039
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Aesthetics
ResumoJoão de Barros, autor plurifacetado cuja obra abrange diversos géneros, entrou no cânone das letras lusas em primeiro lugar como historiador, graças às Décadas da Ásia que constituem apenas uma parte dum titânico projecto dedicado à expansão ultramarina: e talvez não surpreenda que, perante uma decidida intervenção política através da escrita historiográfica, também a sua estreia ficcional, o livro de cavalarias Crónica do Imperador Clarimundo, costuma ser focado desde uma óptica pelo menos particular que tencionamos submeter nestas páginas a uma reconsideração crítica. Referenciado pela quase totalidade dos manuais de história da literatura portuguesa como texto de primeira ordem para o século XVI e para o devir do romance português, o Clarimundo é enaltecido pela crítica literária do último século por meio de argumentos baseados menos em critérios de natureza científica, filológica, de crítica literária, do que em conceitos ideológicos que merecem alguma reflexão.
Referência(s)