Artigo Acesso aberto Revisado por pares

História da parturição no Brasil, século XIX

1991; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0102-311x1991000200002

ISSN

1678-4464

Autores

Anayansi Correa Brenes,

Tópico(s)

History of Medicine and Tropical Health

Resumo

A presente pesquisa objetivou resgatar as particularidades da constituição da Arte Obstétrica no Brasil do século XIX, quando, por edital de Dom João VI, é incluída nas disciplinas que inauguram as escolas de medicina e cirurgia, na Bahia e Rio de Janeiro, em 1808. Para realizar a pesquisa foram revistas 83 teses médicas obstétricas - produzidas tanto na Bahia quanto no Rio de Janeiro - no século XIX. Verificou-se que, tradicionalmente, esta Arte era realizada por mulheres denominadas "aparadeiras" ou "comadres", que assistiam as mulheres, seja no trabalho de parto e nos cuidados pré e pós-parto, quanto em outras circunstâncias, tais como doenças venéreas e abortos. A entrada dos médicos-parteiros nesta prática inaugurou, não só o esquadrinhamento do corpo feminino, como a produção de um saber anatômico e fisiológico da mulher, a partir do olhar masculino.

Referência(s)