Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Valor de alguns exames complementares na Coréia de Sydenha

1972; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 30; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0004-282x1972000300001

ISSN

1678-4227

Autores

Aron J. Diament,

Tópico(s)

Respiratory and Cough-Related Research

Resumo

Ainda hoje, como em 1810, a coréia de Sydenham (CS) permanece uma doença pobremente compreendida: sua etiología é difícil de establecer, sua patologia não é específica, sua fisiopatologia é obscura e seu tratamento, empírico 7 .A etiopatogenia da CS tem sido relacionada à da febre reumática (FR), embora não seja sempre possível na prática, demonstrar a relação entre infecção estreptocócica e CS.Estudos recentes 122 > 123 . 124mostraram que o intervalo entre a infecção estreptocócica e a coréia pode ser suficientemente prolongado para permitir que os exames sugestivos daquela retornem à normalidade.Portanto, os testes laboratoriais que expressam um "estado reumático" são, na maioria das vezes, falhos durante a manifestação corêica.O desenvolvimento subseqüente de artrite, cardite ou doença valvar podem, retrospectivamente, sugerir uma base reumática para o episódio original de coréia 7 .Apesar do papel proeminente do estreptococo beta-hemolítico, parecem ter papel também significante os fatores emocionais e a predisposição genética 7 .É reconhecida a alta incidência de distúrbios de comportamento e deflagrantes psicogênicos nos pacientes corêicos 9 -13 > 15 > 39 , 68 > 89 > 103 > 108 > 130 ; já foi demonstrado, inclusive, que a positividade das culturas de material oro-faríngeo para estreptococo beta-hemolítico aumenta com o "stress" emocional 105 .A falta de dados seguros fornecidos por exames laboratoriais faz com que ainda restem dúvidas no diagnóstico de CS.Os chamados clássicos "reagentes da fase aguda do soro" (RFAS) revelaram-se, na maioria, pouco ou nada alterados, embora os estudos estatísticos sejam geralmente falhos.Mesmo para os RFAS que serviram para classificar as coréias em "reumáticas" e "não reumáticas" ou "puras", os estudos estatísticos são incompletos, atendo-se a porcentagens de obtenção ou de positividade.

Referência(s)