
Capacidade tamponante, pH e consistência das fezes em equinos submetidos à sobrecarga dietética com amido
2009; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 39; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s0103-84782009005000123
ISSN1678-4596
AutoresTiago Marques dos Santos, Fernando Queiroz de Almeida, Fernanda Nascimento de Godói, Vinícius Pimentel Silva, Almira Biazon França, Juliano Martins Santiago, Caroline Spitz dos Santos,
Tópico(s)Veterinary Equine Medical Research
ResumoEste trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade tamponante (CT), o pH e a consistência das fezes em equinos submetidos à sobrecarga dietética com amido. Seis equinos adultos foram submetidos à sobrecarga com infusão gástrica de 17,6g de amido kg-1 de peso corporal através de sonda nasogástrica. Amostras fecais foram coletadas, antes e quatro, oito, 12, 16, 20, 24, 28, 32 e 36 horas pós-sobrecarga, e imediatamente submetidas à avaliação do pH, da CT e da consistência. Os resultados de pH foram comparados pelo teste t de student (P<0,05). Já os resultados da CT e consistência fecal foram comparados pelo teste de Kruskal-Wallis (P<0,05) e submetidos à análise de regressão e correlação de Spearman em função do tempo após a sobrecarga. Houve redução (P>0,05) no pH fecal ao longo de 36 horas pós-sobrecarga, com valores médios variando de 6,09 a 4,46. A partir do modelo pH = 6,083 - 0,003t - 0,001t² (R² = 0,634), houve decréscimo de 0,004 no pH fecal a cada hora, de 0,028 a cada quatro horas e de 1,404 ao final de 36 horas após a sobrecarga, respectivamente. Além do pH, houve redução (P<0,05) na CT das fezes, em função do tempo após a sobrecarga. Observou-se correlação positiva (r=0,65; P<0,0001) entre o pH e a CT das fezes. Todos os equinos apresentaram fezes de consistência normal (escore 3) até a oitava hora após a sobrecarga. Posteriormente, esses animais apresentaram redução na consistência fecal (P<0,05) até 36 horas. Os resultados demonstram que a sobrecarga dietética com amido promove redução na consistência fecal, na capacidade tampão e consequentemente no pH das fezes em equinos.
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