
A Capes, a universidade e a alienação gestada na pós-graduação
2014; Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas; Volume: 12; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/1679-39519356
ISSN1679-3951
AutoresManoel Malheiros Tourinho, Maria das Dores Correia Palha,
Tópico(s)Education Pedagogy and Practices
ResumoO acrônimo Capes, no Brasil, é sinônimo de programas de pós-graduação. A Capes é uma Agência Governamental do Ministério da Educação que já existe há 62 anos. A sua missão fundamental é a capacitação do pessoal de nível superior para o ensino, e o seu desempenho é considerado excelente, como executora das políticas de capacitação do governo federal. Recentemente, no entanto, a Capes tem sido alvo de críticas de professores e pesquisadores das universidades públicas brasileiras, que hoje a percebem como uma organização pública que caminhou da informalidade e das boas ideias para uma ação centralizadora, intervencionista, inclusive com políticas e medidas que sempre favorecem as regiões mais desenvolvidas do país. Começa a surgir uma percepção crítica entre os acadêmicos professores que considera que o sucesso quantitativo da Capes favorece a alienação da universidade brasileira, principalmente por meio dos programas de pós-graduação, tanto Mestrado quanto Doutorado. Considerando essa discussão, o presente artigo adota o referencial teórico marxista para explicar como se efetiva o processo de alienação conduzido pela Capes e anuído pelas universidades. O artigo apresenta, indica e discute um caminho para romper com a alienação estabelecida por meio da mobilização dos instrumentos legais proporcionados pela Constituição Federal do Brasil.
Referência(s)