Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Tuberculose em município de porte médio do Sudeste do Brasil: indicadores de morbidade e mortalidade, de 1985 a 2003

2005; Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Volume: 31; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s1806-37132005000300010

ISSN

1806-3756

Autores

Sílvia Helena Figueiredo Vendramini, Cláudia Eli Gazetta, Francisco Chiaravalotti Netto, Maria Rita de Cássia Oliveira Cury, Edna B. Meirelles, Fátima Grisi Kuyumjian, Tereza C. S. Villa,

Tópico(s)

Global Health and Surgery

Resumo

INTRODUÇÃO: A tuberculose é uma doença ligada à pobreza, má distribuição de renda, urbanização, epidemia da síndrome da imunodeficiência adquirida, e multirresistência. OBJETIVO: Analisar indicadores de morbidade e mortalidade por tuberculose de São José do Rio Preto, entre 1985 e 2003, comparados com os do Estado de São Paulo e Brasil. Verificar a relação entre risco de ocorrência da doença e níveis socioeconômicos. MÉTODO: Sistemas de informações utilizados: Mortalidade (SIM), Notificação de Tuberculose (Epi-Tb), Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os casos novos notificados em 2003 na área urbana foram geo-referenciados e analisados. Gerou-se um mapa temático dos setores agrupados em três classes socioeconômicas, com os respectivos valores dos coeficientes de incidência de tuberculose. RESULTADOS: Coeficientes de incidência e mortalidade foram semelhantes, para valores totais e segundo o sexo, para o Brasil e Estado de São Paulo. No município os valores foram sempre menores. A proporção de casos com co-infecção tuberculose/vírus da imunodeficiência humana variou entre 29% e 37%. Em 2002, a cobertura do tratamento supervisionado foi, respectivamente, de 65% e 59% entre co-infectados e não co-infectados, com taxa de cura de 81% e de abandono de 1%. O risco de adoecer foi três vezes maior na área com piores níveis socioeconômicos. CONCLUSÃO: A identificação de áreas com diferentes riscos para tuberculose permite que o sistema de saúde municipal trate as distintas realidades e priorize regiões com maiores incidências da doença.

Referência(s)