
Tratamento anti-hipertensivo. Prescrição e custo de medicamentos. Pesquisa em hospital terciário
1998; Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Volume: 71; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0066-782x1998000700010
ISSN1678-4170
AutoresDaniela Akashi, Flávia K. K. Issa, Alexandre C. Pereira, Anna Cristina A. Tannuri, Daniele Q. Fucciolo, Maurício L. Lobato, Tatiana G. Galvão, Isabela M. Benseñor, P A Lotufo,
Tópico(s)Healthcare Regulation
ResumoOBJETIVO: Verificar os medicamentos anti-hipertensivos mais utilizados por pacientes que procuram atendimento em hospital público terciário, avaliando o impacto das diretrizes de atendimento (consensos) e custo de aquisição. MÉTODOS: Foram selecionados 141 pacientes (101 do sexo feminino) de 40 a 72 (média 53,3) anos, que procuraram de forma espontânea, atendimento em hospital terciário, com diagnóstico prévio de hipertensão arterial feito por médico e ausência de queixas relacionadas ao aparelho cardiovascular. RESULTADOS: Verificou-se que 75,9% (n=107) estavam em uso diário de anti-hipertensivos, sendo 60,7% (n=86) em monoterapia e os demais em terapia mista. Os medicamentos mais empregados em monoterapia eram: tiazídicos, metildopa, inibidores da ECA, bloqueadores de canal de cálcio e betabloqueadores. A combinação com tiazídicos (26,3% do total) seguiu a mesma preferência. O segundo medicamento mais prescrito, metildopa, era o de maior custo. Metade dos pacientes adquiriu os medicamentos por compra direta. CONCLUSÃO: Observou-se maior utilização de anti-hipertensivos de alto custo, conduta discordante das principais diretrizes das sociedades médicas, sobretudo do V-JNC, que preconizou tiazídicos e betabloqueadores, como anti-hipertensivos de primeira escolha em hipertensos sem complicações ou condições associadas.
Referência(s)