Artigo Acesso aberto Produção Nacional

COMPOSICIONALISMO SEMÂNTICO, PREDICAÇÃO E O AUTOMORFISMO DE QUINE

2008; UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; Volume: 10; Issue: 2 Linguagem: Português

10.5216/phi.v10i2.3258

ISSN

1982-2928

Autores

André Porto,

Tópico(s)

Linguistics and Discourse Analysis

Resumo

Este artigo oferece uma nova reconstrução para os argumentos do famoso segundo capítulo de Word and Object de Quine e sua idéia da Tradução Radical. De acordo com essa abordagem, o maior alvo de Quine é a noção de composicionalidade como sendo o elemento fundamental para qualquer teoria do significado. Em poucas palavras, não poderia haver nenhuma “teoria do significado”, para Quine, simplesmente porque a noção de composicionalidade deveria ser rejeitada como a concepção central da semântica. Além disso, tomamos o cuidado de diferenciar argumentos empíricos de argumentos a priori de natureza modal. Esses últimos constituem-se no que propomos chamar de Teorema do Automorfismo de Quine, a idéia de que há maneiras alternativas de se reconstruir a estrutura gramatical de qualquer língua incluindo predicação e que poderiam manter invariantes todas as nossas predisposições para comportamento verbal sob quaisquer estados de coisas, atuais ou meramente possíveis. Em nosso entender, é esse teorema que determina fundamentalmente a rejeição da composicionalidade por Quine e, assim, de todas as teorias do significado.

Referência(s)