
Evolução de biomarcadores de estresse oxidativo e relação com a performance competitiva em dois momentos da temporada de treinamento de natação
2009; Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte; Volume: 15; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s1517-86922009000500009
ISSN1806-9940
AutoresRafael Deminice, Gabriel Carvalho Degiovanni, Monike Garlipp-Picchi, Mariana T. Nóbrega, M Teixeira, Alceu Afonso Jordão,
Tópico(s)Muscle metabolism and nutrition
ResumoEstudos têm demonstrado aumento na formação de espécies reativas de oxigênio após o esforço físico intenso. Esses eventos podem aumentar a suscetibilidade das células musculares a danos oxidativos como a peroxidação lipídica. Assim, variações na intensidade e no volume de treinamento durante a temporada podem modular o metabolismo oxidativo e influenciar a performance dos atletas. OBJETIVO: Estudar a evolução de biomarcadores de peroxidação lipídica em dois momentos de um ciclo periodizado de treinamento e relacionar com a performance competitiva de natação. MÉTODOS: Participaram do presente estudo 16 nadadores (nove do gênero masculino e sete do feminino). Amostras de sangue foram coletadas em dois períodos do ciclo de treinamento: período preparatório específico e período de polimento. Espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e peróxidos totais foram determinados como biomarcadores de peroxidação lípidica. Creatina quinase foi determinada como parâmetro de dano celular muscular. O índice técnico alcançado no estilo de especialidade de cada atleta foi utilizado como parâmetro de performance competitiva. O índice técnico foi determinado na competição preparatória Troféu Electro Bonini realizada no período preparatório específico, e no Campeonato Paulista realizado no final do período de polimento. RESULTADOS: Foi encontrado aumento significativo (p < 0,05) no índice técnico no Campeonato Paulista (769,6 ± 51,1 pontos) em relação ao Troféu Electro Bonini (751,1 ± 55,7 pontos). Significativas reduções na concentração de TBARS (5,7 ± 2,9 vs 3,3 ± 2,2µmol/L) e peróxidos totais (45,1 ± 20,6 vs 29,6 ± 13,0, µmol H2O2/L) foram encontrados no período de polimento com relação ao período preparatório específico. O mesmo não foi encontrado para creatina quinase (123,6 ± 60,1 vs 137,4 ± 74,9U/L). CONCLUSÃO: A significativa diminuição nos biomarcadores de peroxidação lipídica decorrente do decréscimo no volume e intensidade do treinamento após o período de polimento demonstra a influência das variações do treinamento sobre o estresse oxidativo e sua possível relação com a performance.
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