Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Proyectar la memoria: del ordo nacional a la reapropiación crítica

2003; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS; Volume: 15; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0103-37862003000100001

ISSN

2318-0889

Autores

Antonio García Gutiérrez,

Tópico(s)

E-Learning and Knowledge Management

Resumo

Os seres humanos, historicamente, tem fixado suas memorias em uma diversidade crescente de meios. Atualmente, no entanto, longe da expansao criativa de novos suportes, os meios reduzem-se, de forma crescente, aos objetos digitais. Assegura-se, desse modo, a integracao, mas garante-se tambem a sua total dependencia da mediacao externa. Nesta era de lembrancas neuroticas, deve-se ter consciencia de que a digitalizacao nao promove apenas vantagens, como as industrias culturais querem nos fazer crer, mas tambem desvantagens, especialmente em relacao aos valores culturais, a liberdade da memoria, a heteroconstrucao de identidades e ao controle do cidadao pelo proprio suporte. Esses aspectos sao frequentemente ignorados pelo pensamento dominante na Pesquisa em Organizacao do Conhecimento, sendo alimentado como tendencia pelas elites dogmaticas. O poder e sempre projetado para se perpetuar e a memoria e atualmente reescrita a partir dessa agenda imaginaria. A comparacao entre unidades hipoteticas da memoria, confinadas em registros limitados e a figura geometrica de um cubo, apesar da reducao metaforica, leva a diversas assercoes, algumas delas pragmaticas, essenciais para colocar a Pesquisa em Organizacao do Conhecimento em uma posicao, em larga medida pos-epistemologica, na qual a reflexividade e a complexidade devem comandar tanto as diretrizes quanto as acoes dos pesquisadores e profissionais. Isso porque a interacao da memoria nao e explicitavel, constituindo-se em uma complexa rede de significados aberta para a instabilidade e a constante readaptacao a ´atratores culturais´. A construcao da exomemoria e influenciada por preconceitos locais ou globais, dados historicamente por instâncias que se encontram alem do alcance dos cidadaos. Um deles e a ordem nacional, uma tendencia que inunda toda a existencia, da autoconsciencia linguistica a engenharia do conhecimento. A teoria da Organizacao do Conhecimento deveria estar comprometida com o desvelamento dos preconceitos ao atuar nos processos de organizacao e representacao promovendo nao a recusa preconcebida, mas a renegociacao da presenca de sua retorica invisivel e real na construcao da memoria digital.

Referência(s)