Artigo Acesso aberto Revisado por pares

A morte na infância e sua representação para o médico: reflexões sobre a prática pediátrica em diferentes contextos

1993; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 9; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0102-311x1993000300023

ISSN

1678-4464

Autores

Leandro Marcial Amaral Hoffmann,

Tópico(s)

Palliative Care and End-of-Life Issues

Resumo

A morte - essa certeza presente direta ou indiretamente em algum momento da vida de todo ser humano - tem sido, especialmente no século XX, um tema proibido, negado, esquecido. Os médicos, apesar de uma experiência mais próxima com a morte, através da sua vivência profissional cotidiana, não conseguem se familiarizar com ela; pelo contrário, o confronto com a morte sempre desperta sentimentos conflitantes de fracasso, culpa, impotência. Através da análise e reflexão de diferentes vivências, principalmente frente à crucialidade da morte na infância, buscou-se compreender a representação deste momento na vida do médico. Apesar do tradicional silêncio das escolas médicas frente a este questionamento, assinala-se, com o apoio da unanimidade dos entrevistados, a importância da introdução de discussões sobre a morte e o morrer no processo de formação do médico, com o objetivo de compreender a morte enquanto parte integrante da vida e promover a humanização do atendimento aos pacientes terminais e seus familiares.

Referência(s)