
Estudo da prevalência e fatores determinantes da deficiência auditiva no município de Itajaí, SC
2012; Elsevier BV; Volume: 78; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s1808-86942012000200006
ISSN1808-8694
AutoresLys Maria Allenstein Gondim, Sheila Andreoli Balen, Karla Jean Zimmermann, Débora Frizzo Pagnossin, Indiara de Mesquita Fialho, Simone Mariotto Roggia,
Tópico(s)Hearing Impairment and Communication
ResumoO número de pessoas com deficiência auditiva vem aumentando e o conhecimento de sua magnitude é fundamental no planejamento das gestões públicas em saúde. OBJETIVO: Estudar a prevalência e os determinantes da deficiência auditiva no Município de Itajaí/SC. MÉTODOS: O estudo foi de amostragem populacional, seguindo protocolo da Organização Mundial de Saúde. A pesquisa de campo foi realizada entre julho de 2008 e 2011. Procedimentos realizados nos domicílios: questionário, medição do ruído, otoscopia, limiares auditivos em 1000, 2000 e 4000 Hertz, timpanometria e reflexos acústicos: indivíduos acima de 4 anos; crianças até 4 anos: emissões otoacústicas evocadas (OEA), reflexo cócleo-palpebral (RCP), timpanometria e reflexos acústicos. Nos idosos, aplicou-se questionário de percepção da perda auditiva. RESULTADOS: A amostra foi constituída por 379 indivíduos; 45,38% do sexo masculino e 54,62% feminino. Quanto às faixas-etárias: 11,34% até 10 anos; 64,39% 10 a 60 anos e 24,27% acima de 60 anos. Avaliando-se a audição da melhor orelha, os moradores apresentaram: 74,1% audição normal, 18,9% deficiência auditiva leve, 5,1% moderada, 1,9% grave. As deficiências auditivas incapacitantes foram detectadas em 26 indivíduos: uma criança (otite média); quatro adultos (um otite média, um induzido por ruído, dois idiopáticas); 21 idosos (presbiacusia). Das oito crianças menores de 4 anos avaliadas, todas apresentaram RCP presente, três exames normais, duas OEA ausentes bilateralmente, uma OEA ausentes à direita e uma ausentes à esquerda. CONCLUSÃO: A prevalência de deficiência auditiva incapacitante em Itajaí foi de 7%, com predominância acima dos 50 anos e tendo como principal causa a presbiacusia.
Referência(s)