Sea-hares and side: gilled slugs from Brazil
1955; SciELO; Volume: 6; Issue: 1-2 Linguagem: Português
10.1590/s0373-55241955000100001
ISSN2316-8951
Autores Tópico(s)Marine Biology and Ecology Research
ResumoA especie mais comum de Aplysia, no litoral superior da costa de S.Paulo, e A.brasiliana Rang, 1828, descrita do Rio. A.livida d'Orbigny, 1837, tambem do Rio, foi expressamente separada de brasiliana por d'Orbigny e, por isso, figura no Manual de Pilsbry (1895-96) como especie a parte. As diferencas, porem, revelam-se como variacoes da cor. Ha lesmas acastanhadas escuras, cor de chocolate, esverdeadas, olivaceas, e outras quase cor de creme. As mais das vezes, sao malhadas. Contribuem para a composicao do colorido: 1) a cor geral do corpo, verde garrafa, ora mais clara ora mais escura, acinzentada, ou mais ou menos carregadamente amarelada; 2) o pigmento superficial preto ou sepia, de quantidade muito variavel; e 3) o conteudo de glândulas cutâneas, tambem extremamente variavel e caduco como carater colorativo nos liquidos de conservacao. Areas claras e escuras alternadas no lado interno da orla dos parapodios ocorrem na maioria dos exemplares, mas, sao variavelmente nitidas e, as vezes, faltam. As relacoes entre as algas alimentares e a idade por um lado e o colorido pelo outro merecem estudo. Rang descreveu material conservado; d'Orbigny, lesmas viventes. O aspecto das figuras difere muito, porque a regiao anterior se contrai especialmente, no momento da conservacao, e os animais de d'Orbigny, um em natacao e o outro deslizando sobre o substrato, se apresentam maximamente estendidos. Conchas de individues de brasiliana de tamanho semelhante variam menos em comprimento do que em largura. Lesmas adultas foram vistas em todas as estacoes do ano, quase em todos os meses. Ovipostura ocorre defins de agosto ate meados de dezembro; de outras epocas faltam talvez apenas as observacoes. Lesmas de 0,9mm, ao comprido,, quando vivas, incolores, sem rinoforos, mas com olhos, consideramos como recem-metamorfoseadas. Um animal de 2, 5mm foi o primeiro a produzir secrecao purpurea. Os nervos que suprem os tentaculos desenvolvem-se antes dos rinoforiais; orgaos copuladores, muito mais cedo que as gonadas. Aplysia dactylomeia Rang, 1828, verificada nos dois lados do Atlântico, aproximadamente entre Lat. 35o N e 35o S, vive tambem na costa de S. Paulo, mas nao e comum no eulitoral, na zona das nossas pesquisas. O carater principal de Aplysia juliana Q. G posteriormente, e arredondada e forma um disco solido, firmemente aderente ao substrato. Os parapodios apresentam-se bastante concrescidos; lesmas desprendidas do substrato e soltadas nagua afundaram-se sem nadar. A secrecao da glândula purpurea e esbranquicada; a da glândula opalina, viscosa e cheirosa. A especie, ate agora encontrada somente em uma localidade da costa de Sao Paulo, Ubatuba, foi comparada com as descricoes de juliana da Florida (badistes, Pilsbry 1951), da Africa do Sul, e do Indico-Pacifico ocidental. A extensao do sulco nos rinoforos varia; a abertura do manto e grande (badistes, capensis, sibogae do Japao); a concha e bem calcificada (tambem em badistes); 3-4 placas marginais de redula nao possuem ponta (1-2 no material de Macnae, 1955). Confirmam-se os tuberculos na base da bainha penial (Macnae). Cada plaquinha cuticular da mandibula de Berthella agassizii (MacFarland 1909) e formada por uma celula muito alta. Os orgaos reprodutivos desta especie foram descritos. Pleurobranchus (Oscanius) amarillius Mattox 1953 pertence a Berthellina Gardiner 1936 e aproxima-se muito a B. quadridens (Morch 1863). Em Pleurobranchaea hamva, spec.nov., de Cananeia e Ilhabela, a membrana branquial ocupa tres quartos do comprimento do ctenidio; o anus localiza-se ao nivel do centro da branquia; o nefroporo, ao da segunda pinula. P.hamva difere da outra especie brasileira, P. inconspicua Bergh 1897, da qual se conhece um exemplar de Sergipe, pelo numero das placas da radula e por pormenores dos dutos do sistema reprodutivo. O colar ao redor do orificio genital tem um processo dorsal. Como foi visto por Bergh (1898) e Pruvot-Fol (1926), as lesmas comem, es vezes, outras da mesma especie. Alem de inconspicua, foram comparadas ainda 17 especies e variedades de Pleurobranchaea.
Referência(s)