Artigo Revisado por pares

From Mae Preta to Mae Desamparada: Maternity and Public Health in Post-Abolition Bahia

2011; University of Wisconsin Press; Volume: 48; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1353/lbr.2011.0039

ISSN

1548-9957

Autores

Okezi T. Otovo,

Tópico(s)

Race, Identity, and Education in Brazil

Resumo

Na alvorada do século XX, a classe médica desempenhou o papel importante de diagnosticar e proporcionar soluções para as transições políticas e sociais da época, com o objetivo de incentivar a modernização do país. O conceito de modernização demonstrou os limites históricos formados pelas desigualdades raciais e de classe, mas também evidenciou a difusão de idéias novas sobre a harmonia social brasileira. Este artigo analisa a tensão discursiva entre uma imagem nostálgica da mãe preta que celebrou a contribuição cultural dela para o desenvolvimento das relações raciais e uma imagem médica que representa as domésticas como um perigo social, trazendo doença e morte para famílias da classe alta. Este estudo examina também o poder destas duas visões simbólicas para a fundação de serviços de saúde maternal e infantil na Bahia dos anos 1930. Na Bahia, o sistema de saúde pública começou com uma ênfase na saúde das crianças abastadas, mas rapidamente se modernizou, priorizando a saúde e o bem-estar das famílias pobres. Este trabalho ajuda a esclarecer o processo de transição de uma “maternidade servil” a uma “maternidade amparada” com todas as contradições ideológicas da medicalização da sociedade republicana.

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