Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Trote universitário: diversão ou constrangimento entre acadêmicos da saúde?

2013; Conselho Federal de Medicina; Volume: 21; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s1983-80422013000200019

ISSN

1983-8042

Autores

Simone de Melo Costa, Orlene Veloso Dias, André Costa Alencar Dias, Thaynara Rocha de Souza, João dos Reis Canela,

Tópico(s)

Adventure Sports and Sensation Seeking

Resumo

O estudo objetivou identificar, entre universitários, a opinião acerca da participação no trote de calouros, bem como os possíveis constrangimentos relacionados. Participaram 202 estudantes com idade média de 20 anos, que correspondem a 80,8% dos universitários da instituição. A maioria (77,5%) não vê o trote como violência e 67,8% dele participaram ao ingressar no curso. Entre os que percebem o trote como violência, não houve diferença entre sexo e o curso (p>0,05). No entanto, a opinião prevalente daqueles com maior idade (p<0,05), que não participaram do trote (p<0,05), considera-o constrangedor (p<0,05). Se grande parte dos estudantes avaliou positivamente o trote, mas os não participantes sentiram-se constrangidos, pode-se questionar em que medida as instituições de ensino superior podem continuar admitindo o trote como rito de passagem ou até que ponto se deve classificá-lo como processo opressivo, apesar de naturalizado.

Referência(s)