
Síndrome de Congestão Pélvica: Tratamento Endovascular
2014; Linguagem: Português
10.5151/medpro-flebo-sif_46
ISSN2357-7282
AutoresLeonardo Ghizoni Bez, C. M. O. Silva,
Tópico(s)Central Venous Catheters and Hemodialysis
ResumoA Síndrome de Congestão Pélvica é uma condição pouco conhecida em nosso meio. É responsável por uma porcentagem significativa de pacientes com dor pélvica crônica sem diagnóstico específico. Trata-se do correspondente feminino da varicocele, descrito pela primeira vez por Richet, em 1957. A fisiopatologia da síndrome é explicada pelo refluxo na veia gonadal, seja por incompetência valvar ou por obstrução mecânica, como ocorre no 'Fenômeno de Quebra-Nozes'. Também são responsáveis pela dor pélvica, as próprias varizes. Não existe acordo quanto aos critérios que devem ser adotados para o diagnóstico da síndrome. Enquanto alguns autores se baseiam apenas em achados do exame clínico, preferimos confiar nos dados da ultrassonografia, quando é detectado aumento do fluxo sanguíneo nas veias gonadais e nas varizes pélvicas com realização da manobra de Valsalva. Alguns achados clínicos corroboram o diagnóstico: presença de varizes na raiz das coxas que reaparecem após o tratamento cirúrgico, presença de varizes vulvares e nos glúteos, sensação de peso ou edema pélvico, que aparecem ou pioram com ortostatismo prolongado. O padrão ouro permanece sendo a flebografia intra-operatória, com documentação do refluxo do contraste pela veia gonadal, enchendo as varizes, na presença de dilatação desses vasos. Realizamos o tratamento com espuma de polidocanol e molas de Gianturco, com excelente resultado até o momento. Preferimos a via transfemoral à jugular, que foi usada apenas no primeiro caso. Realizamos de rotina flebografia das veias ilíacas internas, que ocasionalmente podem ser responsáveis pelas varizes pélvicas, ou podem mantê-las por circulação colateral. Caso isso seja comprovado, esses vasos também são embolizados. Os estudos que foram realizados até o momento não são comparáveis, seja pela discrepância nos critérios diagnósticos, seja pela técnica utilizada para o tratamento. Torna-se, portanto, necessária a realização de mais estudos, mantendo os critérios já adotados nas principais séries, de maneira a uniformizar os dados e possibilitar a comparação entre eles
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