Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Neurotoxicidade do oxamniquine no tratamento da infecção humana pelo Schistosoma mansoni

1985; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 27; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0036-46651985000300004

ISSN

1678-9946

Autores

Silvino Alves de Carvalho, Maria Aparecida Shikanai‐Yasuda, Vicente Amato Neto, M Shiroma, Francisco José Carchedi Luccas,

Tópico(s)

Trypanosoma species research and implications

Resumo

Foram tratados com oxamniquine (dose oral única de 12,5 a 15 mg e 15 a 20 mg/kg de peso, para maiores e menores de 15 anos respectivamente) 180 indivíduos com esquistossomose mansoni, matriculados na Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. As idades variaram de 5 a 65 anos e as formas clínico-evolutivas prevalentes foram a intestinal e hepatointestinal. Os principais efeitos colaterais neuropsiquiátricos foram: sonolência (50,6%), tontura (41,1%), cefaléia (16,1%), amnésia transitória (2,2%), alterações de comportamento (1,7%), tremores (1,1%) e convulsão (1,1%). Em 20 indivíduos foi avaliada a neurotoxicidade da droga através de eletroencefalografia, antes e após o tratamento. Em 3 (15%), foram detectados alterações no traçado, sem contudo apresentarem manifestações clínicas neuropsiquiátricas. Os resultados demonstram ser o oxamniquine determinante de efeitos tóxico-colaterais na esfera neuropsiquiátrica.

Referência(s)