
Push and park: uma opção técnica no tratamento do ateroembolismo agudo dos membros inferiores
2006; Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV); Volume: 5; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1677-54492006000300013
ISSN1677-7301
AutoresBernardo Massière, Arno von Ristow, Cleoni Pedron, José Mussa Cury Filho, Marcus Gress, Alberto Vescovi, Fabrício Martins Zucco,
Tópico(s)Peripheral Artery Disease Management
ResumoA aterotrombose é uma doença multissistêmica associada a elevada morbidade e mortalidade. A manipulação das artérias com fios-guia ou cateteres pode gerar trauma mecânico, com conseqüente deslocamento de material ateromatoso da parede vascular. Um paciente de 82 anos, no qual uma ponte fêmoro-poplítea distal com veia safena in situ havia sido realizada por nós há 10 anos, apresentou dor, palidez, hipotermia, diminuição da sensibilidade e força do pé direito 6 horas após coronariografia com acesso pela artéria femoral direita (classe 2b de Rutherford). Arteriografia diagnóstica evidenciou perviedade do enxerto, com múltiplas irregularidades em seu terço distal, compatíveis com material ateroembólico, além de pobreza extrema de circulação distal. Optamos pela revascularização do membro inferior direito em caráter de urgência, associando técnicas convencionais a métodos endovasculares. Empregando a técnica de push and park, cruzamos a lesão ateroembólica com fio-guia e tratamos todo o eixo arterial acometido com manobras de angioplastia. O paciente apresentou boa evolução, boa perfusão distal, adequado enchimento capilar, eliminação da dor e melhora acentuada imediata do déficit motor e sensitivo.
Referência(s)