Artigo Acesso aberto

A invenção e as reinvenções transatlânticas da “Critical Theory”

2010; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Issue: 53 Linguagem: Português

10.5380/his.v0i53.24121

ISSN

2447-8261

Autores

Laurent Jeanpierre,

Tópico(s)

Critical Theory and Philosophy

Resumo

Qual seria a origem da expressão “Critical Theory” que circula pelasuniversidades norte-americanas, mas sem equivalência na Europacontinental? Esse artigo relata as origens intelectuais e sociais desseconceito e dessa designação, cunhados pelo filósofo alemão MaxHorkheimer, em 1937, durante o exílio do Institut für Sozialforschungna América. Ele descreve também as circunstâncias do abandonodesta etiqueta logo depois (e até 1968). As razões da interrupção douso deste termo só podem ser compreendidas por meio de uma análisetransnacional de um mundo acadêmico internacional. Através dela, asperguntas poderiam surgir em torno das condições subjacentes a umaposição intermediária e intercultural – e em torno do duplo status deoutsider dos emigrantes. As mudanças de Adorno e de Horkheimer, aolongo de trinta anos, nas suas autoapresentações, foram o preço subjetivoa pagar para a prática de um jogo social que, acumulando os lucros departicipação e de crítica, manteve um status e uma identidade, apesarda perda de suas posições, durante o exílio, e de suas reclassificações,após o regresso. As condições subjetivas sociais da “migração deconceitos” e da globalização cultural importam, especialmente, paramedir as assimetrias.

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