
Interface saúde da família & saúde mental: uma estratégia para o cuidado
2012; Volume: 7; Issue: 23 Linguagem: Português
10.5712/rbmfc7(23)132
ISSN2179-7994
AutoresAndré Luiz Binotto, Luciane Loures dos Santos, Quitéria de Lourdes Lourosa, Sônia Camila Sant’Anna, Ana Carolina Guidorizzi Zanetti, João Mazzoncini de Azevedo Marques,
Tópico(s)Family Caregiving in Mental Illness
ResumoEstudos internacionais mostram que a Atenção Primária à Saúde (APS) realiza a maioria dos atendimentos psiquiátricos, pois, mesmo nos países que mais investem em saúde mental, existe uma lacuna entre a oferta e a demanda por serviços especializados. No Brasil, preconiza-se que a Estratégia de Saúde da Família (ESF) assista aos pacientes com problemas de saúde mental e o apoio matricial é uma ferramenta para qualificar esse trabalho. Objetivamos conhecer o perfil epidemiológico dos usuários atendidos conjuntamente por uma equipe de ESF e sua equipe matriciadora de Saúde Mental, durante dois anos, por meio da revisão dos prontuários desses pacientes. De um total de 203 atendimentos realizados nesse período, 74% eram de mulheres entre 50 a 59 anos (33%); os diagnósticos mais comuns foram Episódio Depressivo Maior (61%), Transtorno de Ansiedade Generalizada (33%), Esquizofrenia e Transtorno de Estresse Pós-Traumático (11% cada). Trinta e cinco por cento dos pacientes foram encaminhados, sendo a maioria para psicoterapia (94%) e o restante para um ambulatório secundário de Saúde Mental (6%). Os psicofármacos mais prescritos foram os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (76%), anti-histamínicos (37%), benzodiazepínicos (37%) e antipsicóticos típicos (26%). Esta interface representou um acesso facilitado e eficaz para o usuário com transtorno mental de maior gravidade/complexidade e abriu portas para a integralidade da atenção e a interdisciplinaridade no trabalho cotidiano.
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