
Cinefilia, cult movies e o filme Bastardos inglórios, de Quentin Tarantino
2013; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO; Volume: 13; Issue: 25 Linguagem: Português
10.1590/s1982-25532013000200009
ISSN1982-2553
Autores Tópico(s)Philosophy, Sociology, Political Theory
ResumoEste artigo tem como objetivo discutir as aproximações entre a cinefilia e os cult movies com base na análise do filme Bastardos inglórios, de Quentin Tarantino (2009). O amor cinéfilo, conforme surge nos anos 1950 a partir da crítica dos Cahiers du Cinéma, legitima filmes que correm à margem do gosto elevado francês e abraça obras até então consideradas menores. Nesse processo, cria uma teoria e uma "política" que colocam um cinema B no rol das manifestações elevadas. O fenômeno dos cult movies também tenta a seu modo legitimar o "mau gosto", dessa vez por meio de práticas sociais que preferem antes cultuar o maldito a inseri-lo entre os bens culturais elevados. Tarantino opera uma junção das duas formas de amor ao cinema, abraçando ao mesmo tempo a citação àquilo que é marginal e àquilo que é elevado, numa esvaziamento pós-moderno das fronteiras culturais.
Referência(s)