Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Lechiguana em bovinos: aspectos patogênicos

2010; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 40; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/s0103-84782010000400031

ISSN

1678-4596

Autores

Sílvia R.L. Ladeira, Franklin Riet‐Correa, Josiane Bonel-Raposo, Cléia Cardoso Pacheco, Eduardo Juan Gimeno, Enrique Leo Portiansky,

Tópico(s)

Milk Quality and Mastitis in Dairy Cows

Resumo

Dois bovinos foram infectados com larvas de Dermatobia hominis na região escapular esquerda, e o local de infecção de um dos bovinos foi inoculado com Mannheimia granulomatis. Aos sete, 14, 21 e 28 dias, foram feitas biópsias cirúrgicas dos locais de inoculação das larvas para posterior estudo histológico, imuno-histoquímico e avaliação por microscopia eletrônica de transmissão. No bovino infectado somente com as larvas, as lesões histológicas se caracterizaram por dermatite eosinofílica, infiltrado de células mononucleares e proliferação de tecido conjuntivo. A inoculação simultânea de Dermatobia hominis e Mannheimia granulomatis provocou adicionalmente linfangite e microabscessos eosinofílicos, similares aos observados em casos espontâneos da enfermidade. Na amostra coletada aos 28 dias após a infecção bacteriana, foi observada, tanto na imuno-histoquímica, como por meio da microscopia eletrônica, a presença de corpos bacterianos aparentemente intactos no interior de fagossomas macrofágicos, sugerindo que a bactéria permanece dentro dos macrófagos até que algum fator desconhecido desencadeie o desenvolvimento da enfermidade. A Mannheimia granulomatis foi isolada de larvas coletadas aos 42 dias após a inoculação, demonstrando que a bactéria pode sobreviver por algum tempo na larva de Dermatobia hominis. Os dados do trabalho indicam que as larvas de Dermatobia hominis podem atuar como um fator contribuinte para o desenvolvimento da paniculite fibrogranulomatosa proliferativa.

Referência(s)