Artigo Acesso aberto Produção Nacional

O novo modelo da cascata de coagulação baseado nas superfícies celulares e suas implicações

2010; Elsevier BV; Volume: 32; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s1516-84842010000500016

ISSN

1806-0870

Autores

Cláudia N. Ferreira, Marinez de Oliveira Sousa, Luci Maria Sant’Ana Dusse, María das Graças Carvalho Ferriani,

Tópico(s)

Hemophilia Treatment and Research

Resumo

O conceito da cascata da coagulação descreve as interações bioquímicas dos fatores da coagulação, entretanto, tem falhado como um modelo do processo hemostático in vivo. A hemostasia requer a formação de um tampão de plaquetas e fibrina no local da lesão vascular, bem como a permanência de substâncias procoagulantes ativadas nesse processo no sítio da lesão. O controle da coagulação sanguínea é realizado por meio de reações procoagulantes em superfícies celulares específicas e localizadas, evitando a propagação da coagulação no sistema vascular. Uma análise crítica do papel das células no processo hemostático permite a construção de um modelo da coagulação que melhor explica hemorragias e tromboses in vivo. O modelo da coagulação baseado em superfícies celulares substitui a tradicional hipótese da "cascata" e propõe a ativação do processo de coagulação sobre diferentes superfícies celulares em quatro fases que se sobrepõem: iniciação, amplificação, propagação e finalização. O modelo baseado em superfícies celulares permite um maior entendimento de como a hemostasia funciona in vivo e esclarece o mecanismo fisiopatológico de certos distúrbios da coagulação.

Referência(s)