Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Translating into Scots

2000; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 6; Linguagem: Português

10.11606/issn.2317-9511.tradterm.2000.49423

ISSN

2317-9511

Autores

John Corbett,

Tópico(s)

Scottish History and National Identity

Resumo

Este artigo faz um breve levantamento da história da tradução literária para <em>Scots</em>, uma variedade de língua relacionada ao inglês, mas ao mesmo tempo distinta. Esse levantamento começa com o desenvolvimento do <em>Scots </em>como meio literário no fim da Idade Média. A versão de Gavin Douglas da <em>Eneida</em>, em <em>Scots </em>do século XVI, foi por muitos anos a única versão do texto completo disponível para leitores de inglês ou <em>Scots</em>; sua reputação permanece inalterada até hoje. No entanto, a tradução para <em>Scots </em>não desapareceu quando a Escócia foi unificada politicamente com a Inglaterra. Ao contrário, ela sobreviveu como meio de afirmação de uma identidade nacional distinta, primeiramente dentro do quadro da união britânica e, posteriormente, em oposição a ela. Por exemplo, no século XVIII, as inúmeras traduções de Horácio para <em>Scots </em>constroem uma imagem idílica da Escócia, clássica e não metropolitana; enquanto algumas traduções do século XX buscam antes alianças culturais alternativas, não com a Inglaterra pós-imperial, mas com a Rússia revolucionária e, mais recentemente, com culturas pós-coloniais. O artigo demonstra claramente que a tradução para <em>Scots </em>tem sido sempre um ato político e visível, intimamente ligado às diferentes construções da identidade escocesa.

Referência(s)
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