Semelhança e verossimilhança: horizontes da narrativa etnográfica
2003; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 9; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0104-93132003000100006
ISSN1678-4944
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoEste ensaio se desenvolve a partir da noção de que uma condição indispensável para a comunicação é que o emissor e o receptor, por um lado, aceitem que são semelhantes e, por outro, partilhem de um contexto de semelhança. Esta semelhança estabelece os parâmetros de avaliação da mensagem. Assim, a semelhança é condição da verossimilhança. Estas considerações, inspiradas em uma leitura da obra de Donald Davidson, são usadas neste texto para abordar algumas das implicações culturais do fenômeno da tradução (visto à luz do conceito quiniano de "indeterminação"), assim como da prática etnográfica. Como exemplo, recorre-se à proto-etnografia quinhentista de Duarte Barbosa - tornada famosa pela sua descrição dos Nayar.
Referência(s)