
Distribuição e abundância de peixes bentônicos explotados pelos linheiros ao largo do sudeste do Brasil (1986-1995)
1998; SciELO; Volume: 58; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s0034-71081998000400009
ISSN1806-9606
AutoresMelquíades Pinto Paiva, Magda Fernandes de Andrade-Tubino,
Tópico(s)Fish Biology and Ecology Studies
ResumoEste trabalho trata da distribuição e abundância das principais espécies de peixes bentônicos explotados pelos linheiros ao largo do sudeste do Brasil (latitudes 18º-26ºS), no período 1986-1995, listadas a seguir, com as respectivas participações no total das capturas: batata = Lopholatilus vilariii Ribeiro = 33,4%, namorado = Pseudopercis numida Ribeiro = 18,4%, cherne = Epinephelus niveatus (Valenciennes) = 12,1%, garoupa = Epinephelus marginatus (Lowe) = 4,1% e badejo = Mycteroperca bonaci (Poey) = 3,1%. As pescarias ocorreram em águas tropicais (latitudes 18º- 23ºS) e subtropicais (latitudes 23º-26ºS), tendo como divisor zoogeográfico a ressurgência de Cabo Frio. Os dados foram agrupados por faixas de latitude e de profundidade, segundo espécies e estações do ano. As pescarias estiveram grandemente concentradas nas águas subtropicais, com tendência(s) de produtividade decrescente, à medida que aumenta(m) a latitude e/ou a profundidade dos pesqueiros explotados. Nas águas tropicais, as espécies dominantes foram a garoupa e o badejo, de forma indiscutível entre as latitudes 18º-20ºS, com maiores capturas em profundidades de até 80 metros. Nas águas subtropicais, as espécies dominantes sempre foram o batata, o namorado e o cherne, com maiores capturas em profundidades superiores a 100 metros, incluindo a parte superior do talude continental. A produção das cinco espécies principais apresentou tendências de variação estacional, mas apenas o cherne evidenciou deslocamento sazonal ao longo da costa. Foram comprovadas a menor diversidade e a maior biomassa de peixes bentônicos nas águas subtropicais.
Referência(s)