Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

GRADIENTES DE DIVERSIDADE E A TEORIA METABÓLICA DA ECOLOGIA

2010; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 14; Issue: 02 Linguagem: Português

10.4257/oeco.2010.1402.10

ISSN

2177-6199

Autores

Fernanda A. S. Cassemiro, José Alexandre Felizola Diniz‐Filho,

Tópico(s)

Fish biology, ecology, and behavior

Resumo

Há um contínuo debate na literatura ecológica sobre os mecanismos que determinam os padrões espaciais da riqueza de espécies. Uma das tentativas de encontrar explicações para esses padrões é a Teoria Metabólica da Ecologia (MTE -- Metabolic Theory of Ecology). A MTE assume que os padrões de distribuição de espécies estão relacionados à temperatura e que esta interfere no metabolismo dos indivíduos. Neste trabalho, mostraremos que, embora controversa em vários aspectos, a MTE difere das demais hipóteses desenvolvidas para explicar os gradientes de riqueza por fazer predições precisas em relação aos padrões de riqueza de espécies em ampla escala e propõe que uma variável ambiental influencia primariamente esses padrões (temperatura). Essas predições tornam a teoria testável e falseável, o que tem tornado a MTE alvo de constantes debates na ecologia nos últimos anos. Desta forma, neste artigo analisaremos a repercussão da MTE na literatura científica através de análises cienciométricas, descreveremos os princípios básicos dessa teoria e apontaremos suas principais vantagens e falhas ao tentar explicar os padrões latitudinais de riqueza de espécies. Apesar da MTE muito citada nos principais periódicos sobre ecologia, ela não se aplica à maioria dos processos ecológicos, pois não leva em consideração fatores fundamentais que, geralmente, regem os padrões de diversidade.

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