
Avaliação das alterações fundoscópicas na miopia degenerativa
2006; Conselho Brasileiro de Oftalmologia; Volume: 69; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0004-27492006000200013
ISSN1678-2925
AutoresOswaldo Ferreira Moura Brasil, Maria Vitoria Oliveira Moura Brasil, Ricardo Miguel Japiassú, Ana Luiza Biancardi, Débora Duarte de Souza, Renato Corrêa de Souza Oliveira, Haroldo Vieira de Moraes,
Tópico(s)Retinal Diseases and Treatments
ResumoOBJETIVO: Avaliar a presença de alterações fundoscópicas em pacientes portadores de miopia degenerativa. MÉTODOS: Quarenta pacientes com erro refrativo de pelo menos -6,00 dioptrias foram selecionados para exame oftalmológico, complementado por retinografia do pólo posterior e ecobiometria. RESULTADOS: Foram estudados 57 olhos de 37 pacientes com erro refrativo de -6,25 a -28,50 dioptrias, com média de -14,05, e comprimento axial de 26,06 a 32,86 mm, com média de 28,01. Encontramos crescente temporal em 36,5% e circunferencial em 21% dos olhos. Vasos da coróide foram visualizados em 35% dos olhos. As alterações do pólo posterior foram as seguintes: estafiloma posterior em 10,5%, mancha de Fuchs em 3,5% e "lacquer cracks" em 1,5%. O exame da periferia retiniana evidenciou atrofia corio-retiniana tipo pavimentosa em 17,5%, branco sem pressão em 10,5%, degeneração "lattice" em 5%, ruptura retiniana em 3,5% e retinosquise em 1,5% dos olhos examinados. CONCLUSÕES: Alterações fundoscópicas que levam à baixa visual são freqüentes em pacientes com miopia degenerativa. O exame da periferia retiniana é muito importante nestes pacientes devido ao risco aumentado de descolamento de retina.
Referência(s)