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Diretrizes da Associação Médica Brasileira para o tratamento do transtorno de ansiedade social

2011; Associação Brasileira de Psiquiatria; Volume: 33; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s1516-44462011000300014

ISSN

1809-452X

Autores

Michelle N. Levitan, Marcos Hortes Nisihara Chagas, J.A.S. Crippa, Gisele Gus Manfro, L. A. B. Hetem, Nathália Carvalho de Andrada, Giovanni Abrahão Salum, Luciano Isolan, Maria Cecília Freitas Ferrari, Antônio Egídio Nardi,

Tópico(s)

Youth, Drugs, and Violence

Resumo

INTRODUÇÃO: O transtorno de ansiedade social (TAS) é o transtorno de ansiedade mais comum, freqüentemente sem remissões, sendo comumente associado com importante prejuízo funcional e psicossocial. A Associação Médica Brasileira (AMB), através do "Projeto Diretrizes", busca desenvolver consensos de diagnóstico e tratamento para as doenças mais comuns. O objetivo deste trabalho é apresentar os achados mais relevantes das diretrizes relativas ao tratamento do TAS, servindo de referência para o médico generalista e especialista. MÉTODO: O método utilizado foi o proposto pela AMB. A busca foi realizada nas bases de dados do MEDLINE (PubMed), Scopus, Web of Science e Lilacs, entre 1980 e 2010. A estratégia utilizada baseou-se em perguntas estruturadas na forma P.I.C.O (acrônimo das iniciais "paciente ou população"; "intervenção, indicador ou exposição"; "controle ou comparação" e; "outcome ou desfecho"). RESULTADOS: Estudos evidenciam que o tratamento farmacológico de primeira linha para adultos e crianças são os inibidores seletivos de recaptação de serotonina e os inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina, enquanto que a terapia cognitivo-comportamental é apontada como melhor tratamento psicoterápico. Além disso, algumas comorbidades psiquiátricas foram associadas a uma pior evolução do TAS. CONCLUSÕES: Apesar da alta prevalência, o TAS acaba por não receber a devida atenção e tratamento. A melhor escolha para o tratamento de adultos é a associação psicoterapia cognitivo-comportamental com inibidores seletivos de recaptação de serotonina e os inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina. Outras opções como benzodiazepínicos ou inibidores da monoamino-oxidase devem ser usados como segunda e terceira opção respectivamente.

Referência(s)