Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Uso de testes complementares para avaliação do congelamento do sêmen de bodes submetidos ao manejo de fotoperíodo artificial

2006; Sociedade Brasileira de Zootecnia; Volume: 35; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s1516-35982006000700008

ISSN

1806-9290

Autores

Anselmo Domingos Ferreira Santos, Ciro Alexandre Alves Torres, J. F. da Fonseca, Álan Maia Borges, José Domingos Guimarães, Eduardo Paulino da Costa, Herbert Rovay,

Tópico(s)

Reproductive Biology and Fertility

Resumo

O congelamento do sêmen de bodes das raças Alpina e Saanen submetidos ao manejo de fotoperíodo artificial foi avaliado por meio dos testes de termorresistência (TTR), hiposmótico (HOST) e de integridade do acrossoma. Foram utilizados oito machos caprinos (quatro da raça Alpina e quatro da raça Saanen) de duas idades diferentes (jovens e adultos). A qualidade do sêmen durante as etapas do congelamento foi superior em bodes jovens de ambas as raças. Avaliada pelo TTR, a motilidade do sêmen fresco apresentou longevidade pós-descongelamento. Os resultados de motilidade espermática, obtidos imediatamente após o descongelamento, tiveram reflexos positivos sobre o TTR, indicando que os sêmens que apresentaram maior motilidade pós-coleta (86,2% vs 79,3%) e pós-descongelamento (37,7% vs 32,0%) tiveram maior longevidade seminal. Os resultados do HOST, tanto para o sêmen fresco quanto para o congelado, não diferiram entre raças e idades. Houve redução na porcentagem de espermatozóides íntegros após o congelamento e descongelamento do sêmen dos animais da raça Alpina e dos adultos Saanen. Houve redução superior a 14% nos valores do HOST para o sêmen congelado em relação aos valores observados para o sêmen fresco (38,0 vs 52,0%, respectivamente). A motilidade espermática progressiva mostrou maior sensibilidade à criopreservação que a integridade da membrana espermática, indicando que a motilidade espermática é mais afetada pelo processo de congelamento que a membrana plasmática. A integridade do acrossoma não foi influenciada pelo descongelamento. Os índices de danos acrossomais (edema, desprendimento parcial e até perda total de acrossoma) mostraram-se dentro do padrão aceitável (44,5%), tanto no pós-descongelamento como após o término do TTR.

Referência(s)