Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Melhoramento do trigo: VII. Herdabilidade e coeficientes de correlação entre caracteres agronômicos, em populações híbridas de trigo, em diferentes solos paulistas

1984; INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS; Volume: 43; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0006-87051984000200003

ISSN

1678-4499

Autores

Carlos Eduardo de Oliveira Camargo, Otávio Franco de Oliveira, Antônio Wilson Penteado Ferreira Filho, Jairo Lopes de Castro, Valdir Josué Ramos,

Tópico(s)

Sugarcane Cultivation and Processing

Resumo

Os cultivares C-3 e Siete Cerros foram cruzados e os cultivares pais, F1, F2 e retrocruzamentos para ambos os pais foram avaliados em um ensaio em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições, em condição de vaso com solo de alta fertilidade. O experimento foi conduzido em telado localizado no Centro Experimental de Campinas. Correlações genéticas entre produção de grãos por planta e sete caracteres agronômicos, assim como valores do herdabilidade no sentido amplo e restrito para todos os caracteres, foram estimados, além de correlações fenotípicas e ambientes entre a produção de grãos e os sete caracteres. As correlações genéticas mostraram que produção de grãos foi associada positivamente com altura de planta (r = 0,377), número de espigas por planta (r = 0,919), número de espiguetas por espiga (r = 0,219) e peso de cem grãos (r = 0,814). Seleções para maior número de grãos por espiga e espigueta poderiam influir negativamente na produção de grãos. Os cultivares pais e as populações F1 e F2 foram também avaliados em vasos contendo solos de cinco diferentes locais das regiões tritícolas paulistas e referentes às profundidades de amostragem 0-30cm e 30-60cm. Como tratamento adicional, foi incluído um solo de várzea, da camada 0-30cm do Centro Experimental de Campinas. Nos solos ácidos com altos teores de alumínio, as plantas sensíveis a essas condições apresentaram acentuada redução na produção de grãos; altura das plantas; número de espigas por planta e de espiguetas por espiga; comprimento das espigas, e fertilidade das flores, evidenciada pela significativa diminuição do número de grãos por espiga e por espigueta. Quando foi utilizado o solo da camada 0-30cm de profundidade da Fazenda Canadá, em Assis, apresentando pH superior a 6,0, alta disponibilidade de bases, média de fósforo e ausência de Al3+, as correlações genéticas mostraram associações positivas entre produção de grãos com altura das plantas (r = 0,224), número de espigas per planta (r = 0,500) e de espiguetas por espiga (r = 0,856), e peso de cem grãos (r > 1,00), e negativas com número de grãos por espiga (r = 0,068) e por espigueta (r = -0,873) e com comprimento da espiga (r = 0,463). Para o solo da camada 0-30cm de profundidade de Itararé, apresentando pH = 4,6, baixa concentração de bases, reduzida disponibilidade de fósforo e altos teores de Al3+ as correlações genéticas mostraram que as plantas mais produtivas e, conseqüentemente, mais tolerantes ao Al3+, estavam associadas com plantas altas (r = 0,710), maior número de espigas por planta (r > 1,00); maior número de grãos por espiga e espigueta (r = 0,727 e r = 0,753 respectivamente), grãos mais pesados (r = 0,785) e provenientes de espigas mais longas (r = 0,733). Para o desenvolvimento de plantas baixas, tolerantes às condições de solo ácido e com alto potencial de produção, haveria necessidade de grandes populações F2 para assegurar o aparecimento de recombinantes desejáveis.

Referência(s)