Música como aia da vontade: ensaio sobre a leitura wagneriana de Schopenhauer
2012; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 53; Issue: 125 Linguagem: Português
10.1590/s0100-512x2012000100009
ISSN1981-5336
Autores Tópico(s)Hume's philosophy and hair distribution
ResumoO ano de 1851 marca o primeiro contato de Richard Wagner com a filosofia de Schopenhauer, logo seguido por sua proclamada e algo surpreendente "conversão" ao schopenhauerianismo. Vinte anos depois, essa adesão é reafirmada em "Beethoven", escrito festivo que contém um esboço de uma filosofia da música, apresentada pelo compositor como fundamentada na estética schopenhaueriana e que terá grande influência na elaboração da noção do dionisíaco, tal como aparece em "O nascimento da Tragédia", de Nietzsche. Meu trabalho pretende, em primeiro lugar, investigar em que medida a estética musical esboçada em "Beethoven" é de fato compatível com as teses estéticas de "O mundo como Vontade e representação". A constatação de certas incongruências entre as duas concepções estéticas dá então oportunidade a reflexões sobre o caráter das relações entre Wagner, Schopenhauer e o jovem Nietzsche.
Referência(s)